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< Geral ~ Horários... uma reflexão |
muddymind |
Colocada: Sex Fev 24, 2006 9:40 am |
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Veterano
Registo: 08 Jul 2005
Mensagens: 776
Local/Origem: Portimão / sao bras de alportel / Lisboa
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Nico escreveu: muddymind escreveu: Era bom era ver a prespectiva de 1 patrao (penso q anda 1 por estas bandas)...
Serei eu??....
Só vi este tópico agora... e é meia-noite... vou por a minha opinião amanhã ou depois... pois vou dar aulas ás 8.00...
hum... nao sabia q tbm o eras.... tava a referir-m ao romanus
sendo assim tbm pode ser =P |
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Pixelwelder |
Colocada: Sex Fev 24, 2006 9:52 am |
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Veterano
Registo: 03 Mar 2005
Mensagens: 615
Local/Origem: London
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Sim o NIco também o é |
_________________ .......in motion.
Eyeframe.co.uk
:::My Mental Ray:::
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Nico |
Colocada: Sex Fev 24, 2006 8:22 pm |
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Já faz sozinho
Registo: 21 Jun 2005
Mensagens: 401
Local/Origem: Lisboa
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Então aqui vai a opinião de um Papão... ooops... Patrão...
Em primeiro lugar, devo dizer a minha empresa é pequena e teve no máximo 3 pessoas em full time a trabalhar, incluindo a minha pessoa.
Em relação aos tempos de trabalho, a minha política é a seguinte:
- Um horário mínimo, de entre 7 a 8 horas por dia;
- Se não houver trabalho (o que acontece muitas vezes) a pessoa deve tentar usar o esse tempo para aprender, descobrir, fazer tutorias, pesquisar novas técnicas... etc
- Quando há necessidade de fazer horas extras normalmente é recompensado com dias de folga, pois normalmente não há orçamento que aguente horas extras. Num caso que seja possível, acordo um valor extra, por hora extra.
- Nunca, até hoje descontei um Euro (ou escudo) que fosse, por a pessoa ter que ir ao médico, tivesse que tratar de um documento ou tirar o dia porque lhe desse jeito.
- Nunca fui para casa dormir, mesmo que eu não tivesse nada para fazer, deixando alguém a trabalhar, expecto em casos em que na manhã seguinte tivesse que ir dar aulas ou algum compromisso da empresa, algo que aconteceu poucas vezes.
- Não uso "estagiários" como mão de obra. Quando dou estágios, o trabalho deles não é o trabalho de produção.
Quanto a ao número de horas... não sei quantas directas é que já fiz.... sei que a mais longa foi em 10 dias dormir 7 horas... um trabalhito para a EURO RSCG... e não recebi mais por isso... e o trabalho foi redefinido várias vezes... o orçamento não...
Normalmente não gosto de trabalhar com agências, por este e outros motivos...
Já faltei a muitos casamentos, baptizados e funerais....
Relativamente ao "despedimento de clientes"... é possível... já o fiz... mas não é pacifico, pois no meu caso a maior parte dos meus clientes vêm de outro cliente que gostou do trabalho e me recomendou... e fazer isso, pode ser "partir a cadeia"..
"freelancer do Emule"... pois, aqui está um grande problema... se por um lado, alguns criticam as empresas de pagar pouco e exigir muito, são muitas vezes essas pessoas que fazem concorrência desleal a essas mesmas empresas... e não têm que pagar rendas, ordenados, impostos, segurança social, contabilista, pagamento especial por conta, derrama, etc, etc.... e software.
Posso vos dizer que só em software, já lá vão mais de 10.000 cts... e temos que contar com a sua manutenção...
E estas despesas continuam quando não há trabalho.
E isto só faz com que muitas empresas tenham que baixar preços e aceitar qualquer prazo, muitas vezes, só para sobreviver.. pois é muito difícil, uma pessoa se dedicar anos a uma coisa e ver tudo ir ao fundo. Já assisti a alguns casos destes.
Por enquanto fico por aqui....
Nota: também devias ser objecto de discussão, daqueles que passam o dia na net ou a "coçar os tomates" e a serem pagos para isso.... e em alguns casos para assim terem que fazer horas extras... por isso é que muitas empresas não gostam de pagar horas extras. |
_________________ Nicolau Pais
Designer
www.idesign.pt |
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sergioduque |
Colocada: Sex Fev 24, 2006 10:37 pm |
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Escravo do rato
Registo: 08 Out 2005
Mensagens: 321
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Nico escreveu:
"freelancer do Emule"... pois, aqui está um grande problema... se por um lado, alguns criticam as empresas de pagar pouco e exigir muito, são muitas vezes essas pessoas que fazem concorrência desleal a essas mesmas empresas... e não têm que pagar rendas, ordenados, impostos, segurança social, contabilista, pagamento especial por conta, derrama, etc, etc.... e software.
Posso vos dizer que só em software, já lá vão mais de 10.000 cts... e temos que contar com a sua manutenção...
E estas despesas continuam quando não há trabalho.
não querendo generalizar, ou criar aqui uma discussão contigo, acho que o que estás a pintar um cenario demasiado pessimista.
em relação às empresas (leia-se pequenas empresas ) usarem sempre software legal.....tenho as minhas duvidas..
uma ida ao medico equivale a q? 10 noitadas?
despesas de hardware há para todos, os freelancers tb pagam impostos, alugam estudios porque trabalhar sozinho não é para todos e na maior parte das vezes deduzem muito menos coisas nos impostos que as empresas.
ser freelancer não é um mar de rosas, senão não tinhas cada vez mais freelancers a passarem a empresarios! |
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Nico |
Colocada: Sáb Fev 25, 2006 10:58 am |
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Já faz sozinho
Registo: 21 Jun 2005
Mensagens: 401
Local/Origem: Lisboa
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sergioduque escreveu:
não querendo generalizar, ou criar aqui uma discussão contigo, acho que o que estás a pintar um cenario demasiado pessimista.
em relação às empresas (leia-se pequenas empresas ) usarem sempre software legal.....tenho as minhas duvidas..
uma ida ao medico equivale a q? 10 noitadas?
despesas de hardware há para todos, os freelancers tb pagam impostos, alugam estudios porque trabalhar sozinho não é para todos e na maior parte das vezes deduzem muito menos coisas nos impostos que as empresas.
ser freelancer não é um mar de rosas, senão não tinhas cada vez mais freelancers a passarem a empresarios!
Boas Sergio,
A ideia é isto ser mesmo uma discussão.... saudável é claro...
Em primeiro lugar, eu estáva a falar da minha empresa... depois, englobo no mesmo cesto, os freelancers de Emule com as empresas que fazem o mesmo... se calhar são mais de 80 %... mas isso também, normalmente têm a ver, com a maior parte das pequenas empresas serem formadas em muitos casos por ex freelancers... e essas chateiam mais do que os freelancers...
Não vou ser hipócrita ao ponto de dizer que nunca usei software pirata... mas tenho feito um esforço enorme para ter tudo legal... e eu sei o que custa teres que pagar €5.000 por um software e teres o CD na mão que custa €0... e eu não faço como muitos que compram 1 licença e instalam em todos os computadores...
Quanto ao ser freelancer ou ter uma empresa, é uma escolha... cada um só tem que ver o o modelo de negócio que lhe convém... se achas que deduzes pouco é mudar para empresa... só tens que ver se compensa.
O facto de ser freelancer não implica ter software pirata...
Longe de mim ser contra freelancer's... eu só sou contra os freelancer's e empresas de Emule...
Quanto ás idas ao médico... nunca foi preciso... lá se foram uns neuronios... e isso tb já foi á uns anos e eu fazia sempre um horário mais para o nocturno... agora, o cliente paga bem para que eu faça uma directa... ou então não faço... e hoje em dia, já tenho o tempo mais bem organizado (tb é preciso aprender isto... e o teres uma familia tb altera um pouco as coisas) e ir educando os clientes...
Hoje em dia normalmente começo a trabalhar ás 9.30/10.00 e nunca saiu antes das 20.30... mas com muitos fds.... pois tb dou aulas, que me ocupam +/- 1,5 dias por semana... |
_________________ Nicolau Pais
Designer
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sergioduque |
Colocada: Sáb Fev 25, 2006 5:42 pm |
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Escravo do rato
Registo: 08 Out 2005
Mensagens: 321
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boas Nico,
tens razão, falavas da tua empresa e eu interpretei como se estivesses a falar das empresas portuguesas em geral.
o que quis salientar com as idas ao médico, é que a meu ver não é comparavel com a quantidade de horas extras que se faz nesta area.
again, isto varia de empresa para empresa, nos meus tempos de contratado sabia-se bem que agencias seguiam a politica da noitada e quais as que seguiam exactamente o contrario.
dou-te razão na questão do emule, acho que é um caminho que se precorre, a não ser que se receba assim um financiamento derrepente.
voltando à questão do horário de trabalho, pelo menos em motion graphics, os prazos que recebo são normalmente curtos demais em relação ao briefing, faz-se mais horas..até ai "tudo bem", se precisar de trabalhar de noite posso faze-lo em casa e isso é confortavel.
Acho mesmo que às vezes os projectos só ganhavam se em vez de serem feitos por um tipo fossem feitos por 2 ou 3, mas isto acontece por uma razão.
Onde afecta mesmo, para mim, é no tempo de experimentação e depois fine tunning, não há muito tempo reservado aos rabiscos no caderno, normalmente a "primeira" ideia é a que fica porque o projecto tem que avançar e o cliente está à espera de ver boards 1, 2 dias depois de passar o trabalho.
Quando acabo o trabalho tenho tempo para alguns ajustes mas pronto já tenho que entregar porque a coisa tem que seguir.
Acho até que se tivesse prazos mais alargados ia acabar por trabalhar até às mesmas horas, só que com melhores resultados e muito mais tranquilo. |
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romanus |
Colocada: Dom Fev 26, 2006 2:32 pm |
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Veterano
Registo: 11 Mar 2005
Mensagens: 875
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Completamente de acordo contigo Sérgio...
No entanto, o que se passa em Portugal é sempre o mesmo. O desenrascar! Nós somos os eternos desenrascas... é preciso fazer um genérico. Em vez de começarem a entregar material para fazer o genérico com 2 meses de antecedência, esperam até à data limite para iniciar o processo. Depois temos uma semana (ou duas no máximo) para fazer algo que começa por um processo criativo.
Em Portugal e INFELIZMENTE este processo é completamente desvalorizado, pois é natural estimar que para a criação de um genérico, bastam dois ou três dias para ter um boa ideia... depois é só executá-la.
Eu estou a tentar combater esta tendência infeliz, pedindo sempre o material com mais antecedência, inclusivamente o som (este tb é outro dos problemas!). Porque animar elementos gráficos em cima de um som, é tremendamente mais eficaz. Fica tudo muito mais "equilibrado".
Mas por enquanto, não tenho conseguido mudar mentalidades... mas as tentativas vão começando a ter frutos...
É preciso é começar a mudar as mentalidades, desde o cliente até à pós-produtora. Mas isso leva o seu tempo... mas realmente o nosso trabalho em Portugal está a evoluir muito e portanto acho que nos próximos 5 anos, as mentalidades estejam mais evoluidas, como no nosso país vizinho, França, etc...
Relativamente ao tema em discussão, mais concretamente as horas extraordinárias nesta área... é realmente algo que tem que ser encarado mais seriamente. Eu e o Miguel (antigo colega aqui na ingreme) passámos um mau ano... com umas 60 noitadas... semanas sem ver a familia... e eu já tinha outro ano assim na ingreme (sozinho no 3d). Só posso dizer que o Miguel deu o "berro" e eu tb estive quase lá... até que batemos o pé e dissemos que não dava mais. A ingreme teve que rejeitar trabalhos, é claro... no meu caso, sou bem recompensado pelas noitadas (senão não as fazia, de CERTEZA!) mas começo a ter menos resistência para elas (a idade começa a pesar também).
Portanto, acho que realmente deveriamos todos protegermo-nos e acabar com este pressuposto das noitadas... eu levei 3 anos e meio para perceber que tantas noitadas fazem-nos mal em todos os sentidos... a única coisa positiva no meio disso, é mesmo a experiência que se adquire... a velocidade a resolver problemas é bastante superior...
Bom, e para acabar, aconselho vivamente a todos que trabalhem nesta área super exigente, que façam desporto para compensar as horas em frente do computador. Não deixem de o fazer por causa do trabalho, é realmente uma das coisas mais importantes que faço para manter alguma saúde no meio disto tudo
Hoje em dia, sinto que já ganhei um status em que se disser ao meu patrão que não posso fazer noitadas, ele respeita e arranja soluções para o problema... apesar de normalmente as continuar a fazer... desde que não destrua tudo o resto (familia, saúde, etc...)
cheerz |
_________________ Rui Romano
www.ingreme.com
www.ingreme.com/reel |
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sergioduque |
Colocada: Seg Fev 27, 2006 3:54 pm |
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Escravo do rato
Registo: 08 Out 2005
Mensagens: 321
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pois, é por isso que eu ainda ponho alguma hipotese de continuar freelance, posso apanhar 1 mês um mês e meio de trabalho forçado mas depois o mais certo é ter umas semanas sem nada, onde posso recuperar e fazer outras coisas.
idealmente, gostava de me empregar quando a qualidade do meu trabalho me premitisse impor algumas regras, mas acho que isso é um sonho que tenho.
Falavas da importancia de receber som a tempo, salvo raras excepções está ai uma coisa que já consegui incutir nos meus clientes mas não foi pacifico, houve ai uma promo que fiz há uns tempos em que tive mesmo que improvisar, sabia que o som ia ser rock, saquei um tema de korn e fiz a promo quase toda em cima de um som falso, depois quando me deram o som fiz uns ajustes aqui e ali mas a coisa resultou bem. mas em geral recebo o som a tempo.
A nivel de resistencia para noitadas eu senti uma grande diferença com o nascimento do meu filho (sou mesmo um pai babado não há nada a fazer) e aqui tb é mesmo uma vantagem ser freelance!
Espero mesmo que daqui a uns anos as coisas melhorem cá em Portugal, há tanto potencial, só precisamos de melhores condições!
over and out
sergio |
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